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30 de abr. de 2009

Marvin Gaye - Trouble Man

Em 1971, Marvin Gaye tinha lançado o revolucionário álbum “What's Going On”, que era resultado de uma autonomia artística tão lutada e merecidamente reconhecida pela gravadora (mesmo com um pé atrás). E o estrondoso sucesso do álbum garantiu portas abertas dos estúdios de gravação para novos registros de sua criatividade e genialidade. E não haveria um outro momento tão adequado quanto a este – logo em seguida ao lançamento de “What's...”, Gaye começa a trabalhar na trilha sonora Trouble Man, juntamente ao saxofonista Trevor Lawrence.
Trouble Man é sem dúvida, o álbum de Marvin que ele mais se aproxima do Jazz, denso, e rico em arranjos de cordas e metais, alternando momentos de introspecção e num Blues-Soul contagiante. Embora seja basicamente um disco instrumental, Gaye nos presenteia com belas harmonias vocais (coisa que não é de se assustar, já que ele é o principal revolucionista do Soul, de uma maneira sutil e altamente criativa, tendo influenciado todas as gerações seguintes, vide os artistas Neo-Soul). Sempre amparado pelo sax de Trevor (tenor, alto e barítono), o disco ora soa depressivo e outros momentos épico, Marvin exerce o seu lado musico – toca piano, moog e bateria (com grandes grooves, altamente suingados) – acompanhados de uma apimentada orquestra.
Marvin Gaye criou a trilha sonora de Trouble Man, que foi lançada em 8/12/1972, não poderia ter vindo em melhor hora, sendo mais um clássico intermediando Shaft e Superfly.
Só como curiosidade, temos samples impressionantes neste álbum. E como é de conhecimento de quase todos, o rapper Mano Brown (Racionais MC’s) é fã declarado de Marvin, e daqui foram utilizados trechos nas músicas “Tô Ouvindo Alguém Me Chamar” do álbum “Sobrevivendo No Inferno” e na “Intro” de “Raio-X do Brasil” (dois clássicos do Rap nacional). Ouçam, vale a pena...

[Estou ouvindo: Bill Withers - Ain't No Sunshine]


28 de abr. de 2009

Willie Hutch - Foxy Brown

Mais uma trilha do maravilhoso Willie Hutch, este disco tem uma capa marcante, na minha modesta opinião, a mais bela das trilhas... Ilustrada pela beleza negra de Pam Grier, que também atuou na refilmagem de Quentin Tarantino (na versão de Tarantino o filme se chama Jackie Brown).
[Estou Ouvindo: Willie Hutch - Brother's Gonna Work It Out]

27 de abr. de 2009

Willie Hutch - The Mack


Willie McKinley Hutchinson, mais conhecido como Willie Hutch (Los Angeles, 6 de Dezembro de 1944 — Duncanville, 19 de setembro de 2005) foi cantor, compositor, guitarrista e produtor musical de grande importancia. Willie mudou-se com a família para Dallas ainda criança, e desde pequeno mostrava grande habilidade para tocar instrumentos. Estudou no colégio Booker T. Washington e durante a adolescência formou um grupo chamado The Ambassadors, onde cantou e começou a escrever suas primeiras músicas. Após o colégio, Willie serviu a Marinha como fuzileiro naval por dois anos. Após mudar-se para Los Angeles, Willie inicia sua carreira musical.

Seu primeiro single, "Love Has Put Me Down", foi lançado em 1964 pela Soul City Records. No ano seguinte, Willie começou a compor e produzir para o grupo The Fifth Dimension. Em 1969 Willie assina com a gravadora RCA, pela qual lança seu primeiro álbum solo, "Soul Portrait". Em 1970, o produtor Hal Davis da gravadora Motown liga para Willie pedindo ajuda para finalizar uma canção chamada "I'll Be There". Willie faz a letra da música que foi cantada pelo grupo The Jackson 5 e tornou-se o single mais vendido pela Motown até então.

Em seguida, Willie foi contratado pela Motown e lá trabalhou compondo e produzindo para artistas como Smokey Robinson, Marvin Gaye, Diana Ross, Michael Jackson, Junior Walker, The Four Tops e Aretha Franklin.

Mas seus trabalhos de maior repercussão foram as trilhas sonoras dos filmes The Mack e Foxy Brown. Essas trilhas foram e ainda são muito sampleadas por muitos artistas, como Biggie Smalls, Lil' Kim, Moby, The Chemical Brothers e Chase & Status.

Em 1982, Willie compôs Keep the Fire Burning para Gwen McCrae e voltou a trabalhar para a Motown para mais três produções. Durante os anos 90, Willie trabalhou como produtor para a Motown e em 1994 voltou a morar em Dallas, onde continuava a tocar e se apresentar.
Vai a dica: neste álbum tem um super sample,onde o mestre Dr. Dre usou, no som "Rat-Tat-Tat-Tat". Vide cena abaixo...
[Estou Ouvindo: Rick James - Moon Child]


17 de abr. de 2009

Marvin Gaye - Let's Get It On (Deluxe Edition)


Este é, provavelmente, o único álbum da Motown que apresenta nos créditos o nome do famoso poeta modernista T.S. Eliot. O autor de A Terra Desolada escreveu, certa vez: "Birth and copulation and death, that's the facts when you get to brass tacks", uma citação que consta na contra-capa deste álbum original.

Por mais estranho que possa parecer, o sentimento expresso pelo poeta cabe perfeitamente na concepção do disco. Depois da séria crítica social de What's Going On, Marvin, aqui, quis exortar seu público a voltar ao conceito básico de "sexo consentido". A música é tórrida, sôfrega, uma animal sexual suado e resfolegante. Apesar de, em geral, ser eclipsado pelo sucesso de público e de crítica do álbum anterior, Let's Get It On (segundo lugar nos Estados Unidos) é muito mais encantador, convincente e, pode-se até dizer, mais cheio de sentimento. Fazia sentido que Gaye, veladamente sensual em suas letras e nas apresentações ao vivo, um dia decidisse escancarar essa sexualidade. A faixa-título (que chegou ao topo das paradas de 1973) era uma maneira óbvia de fincar sua bandeira. A canção, com seu clímax de melodia e letra, se tornou uma referência de música para "criar um clima" até, talvez, Gaye lançar "Sexual Healing", em 1982. "You Sure Love To Ball", com seus gemidos ofegantes, era, para alguns, um tour de force erótico e, para outros, simplesmente inaceitável. Mas, como o sexo, o álbum era cheio de jogos criativos, suntuoso e surpreendente. Muitos discos tentaram copiar essas qualidades desde então, mas nenhum chegou perto de superar Let's Get It On.

Mais uma obra-prima de Mr. Marvin...

[Estou ouvindo: James Brown - Blind Man Can See It (Extended)]

4 de abr. de 2009

Stevie Wonder - Talking Book


A foto simbólica de Stevie Wonder, feita por Robert Margouleff - o cantor está usando uma túnica africana, sentado na terra e mergulhado em pensamentos - transmite a visão solitária do mundo oferecida pela trilogia do obras-primas lançadas por ele no início dos anos 70. Mas a capa (que mostra Wonder sem os tradicionais óculos escuros) também sugere que Talking Book é um álbum confessional sobre o amor e a perda, como convinha a um artista que tinha acabado de se separar (da contora Syreeta Wright, que escreveu as letras de duas faixas lentas deste disco).
A música que abre o disco, "You Are The Sunshine Of My Life", porém, é bem pra cima, um hino ao poder redentor do amor, escrito antes da interrupção do contrato de Wonder com a Motown (nesse intervalo, ele compôs os clássicos autorais do Soul que formam boa parte do disco). Mas o Funk paranóico e pantanoso de "Maybe Your Baby" (tocada por Stevie, com exceção do solo do guitarrista Ray Parker Jr.) dá o tom verdadeiro e incerto do disco. "You And I" questiona a fragilidade do amor, embalada pela sonoridade arrebatadora de seu piano mágico e do trabalho intenso de Margouleff e Malcolm Cecil nos sintetizadores. E "Superstition", com os riffs de clavinete inspirados em Jeff Beck, mostra um olhar cínico e magoado sobre o amor livre, em cima do Funk mais selvagem composto por Wonder.
O álbum fecha com uma nota de esperança, ausente do disco que lançou dois anos depois, Fulfillingness' First Finale. Em "I Bellieve", o coração de Stevie está machucado, mas sua fé no amor permanece intacta. Mais tarde, ele escreveu canções de amor que chegaram ao topo das paradas, mas nunca mais seria tão pessoal e tão cheia de mágoa e sabedoria como em Talking Book. O título se refere a um livro que fala - este livro era o coração de Stevie Wonder e falava com toda a sinceridade.
Obra-prima de 1972...
[Estou ouvindo: Stevie Wonder - Ngiculela / Es Una Historia / I Am Singing]

1 de abr. de 2009

R.I.P: Marvin Gaye (02/abr/1939 - 01/abr/1984)


Nascido Marvin Pentz Gay, Jr., cantor popular de soul e R&B, arranjador, multiinstrumentista, compositor e produtor. Ganhou fama internacional durante os anos 60 e 70 como um artista da gravadora Motown.
O início da carreira do cantor foi em 1961, na Motown, onde Gaye rapidamente se tornaria o principal cantor da gravadora e emplacaria numerosos sucessos durante os anos sessenta, entre eles "Stubborn Kind of Fellow", "How Sweet It Is (To Be Loved By You)", "I Heard It Through the Grapevine" e vários duetos com Tammi Terrell, incluindo "Ain't No Mountain High Enough" e "You're All I Need to Get By", antes de mudar sua própria forma de se expressar musicalmente. Gaye é importante por sua luta por produzir seus sucessos, mas criativamente restritivo - no processo de gravação da Motown, intérpretes, compositores e produtores eram geralmente mantidos em áreas separadas.
Com seu bem-sucedido álbum "What's Going On", de 1971, e outros lançamentos subseqüentes - includindo "Trouble Man", de 1972, e "Let's Get It On", de 1973, Gaye, que vez ou outra compunha canções para artistas da Motown no início da sua carreira, provou também que poderia tanto escrever quanto produzir seus próprios discos sem ter de confiar no sistema da Motown. Ele é também conhecido por seu ambientalismo, talvez mais evidente na canção "Mercy Mercy Me (The Ecology)".
Durante os anos setenta, Gaye lançaria outros notáveis álbuns, includindo "Let's Get It On" e "I Want You", além de ter emplacado vários sucessos, como "Let's Get It On" e "Got to Give It Up". Já no começo dos anos oitenta, seria a vez do hit "Sexual Healing", que lhe rendeu - antes de sua morte - dois prêmios Grammy. Até o momento de ser assassinado pelo seu pai, em 1984, Gaye tinha se tornado um dos mais influentes artistas da cena soul. Em 1996, Gaye foi homenageado na 38º cerimônia do Grammy Awards.
A carreira de Marvin tem sido descrita como uma das que "abarcam toda a história do R&B, do doo-wop dos anos cinqüenta ao soul contemporâneo dos anos oitenta". "Críticos têm também afirmado que a produção musical de Gaye "significou o desenvolvimento da black music a partir do rhythm'n blues, através de um sofisticado soul de consciência política nos anos setenta e de uma abordagem maior em assuntos de cunho pessoal e sexual."
É com uma pronfunda tristeza, presto esta homenagem ao meu grande ídolo... Marvin Pentz Gaye Jr... 25 anos sem Marvin.

7 de mar. de 2009

Rick James - The Very Best Of (Bustin' Out)


Rick James (1 de fevereiro de 1948 - 6 de agosto de 2004) cantor, compositor e produtor. Seu nome de batismo era James Johnson Jr., nascido na cidade de Buffalo, estado de Nova York. James era o terceiro de oito filhos de um ex-dançarino que trabalhava na indústria automobilística. Era sobrinho de Melvin Franklin, vocalista do grupo The Temptations. Com 15 anos, James ingressou na Reserva Naval. Quando isto passou a interferir em sua carreira musical, ele começou a faltar nos treinamentos no quartel aos finais de semana. Ele foi considerado "ausente sem permissão" do serviço militar e fugiu para Toronto, no Canadá. Lá, ele continuou sua carreira musical e formou uma banda chamada The Mynah Birds, a qual tinha também Neil Young e Bruce Palmer como integrantes. Os processos voltaram a rondá-lo quando seu sucesso o levou de volta aos Estados Unidos, onde foi preso e cumpriu pena por deserção. Depois de solto, James passou algum tempo no Reino Unido, onde integrou um grupo chamado Main Line. Em 1977 ele retornou aos EUA e foi trabalhar com a gravadora Motown, no início como compositor, depois como cantor e produtor. James foi mais produtivo no fim dos anos 70 e início dos 80.

O primeiro sucesso de James foi You And I, uma gravação de 8 minutos em seu primeiro álbum, de 1978, Come Get It, do qual fazia sua parte sua ode à marijuana chamada simplesmente Mary Jane.Em 1979 James lançou 2 álbums: Bustin' Out Of L Seven, em janeiro e Fire It Up na segunda metade do ano. Depois do pouco brilhante álbum Garden Of Love de 1980, gravou um álbum conceitual chamado Street Songs. Este incluiu seu grande sucesso Super Freak (o qual serviu posteriormente como sample para a música "U Can't Touch This" de MC Hammer, em 1990). Outros sucessos do disco incluíam Give it to Me Baby e Ghetto Life (no mesmo álbum). Além disso, ele ajudou a lançar a cantora de R&B Teena Marie e também o grupo Mary Jane Girls.Mas era o lado obscuro da vida de James que ofuscava sua carreira. Era um consumidor ocasional de drogas, viciado principalmente em cocaína. Em 1993, James foi acusado de assaltar duas mulheres para comprar droga. Passou dois anos na prisão, porém, isto não o impediu de continuar compondo. Foi libertado em 1995.James tentou retornar em 1997, porém sofreu um pequeno derrame durante um concerto em Denver, que pôs um fim em sua carreira musical. James tinha inúmeros fãs. Ele procurava conhecê-los e agradecer o seu apoio a ele. Antes do derrame, James foi entrevistado para uma série de tv chamada Behind The Music (Por Trás da Música), e pela primeira vez falou abertamente sobre o vício e sua batalha contra as drogas.

James foi encontrado morto por um empregado em 6 de agosto de 2004, em sua casa em Los Angeles. James morreu de falência cardíaca e pulmonar, tendo como complicadores o diabetes e o derrame cerebral. Na época de sua morte, estava a trabalhar em sua autobiografia, Confessions Of A Superfreak, assim como em um novo álbum. Em 2004 foi lançado o DVD Rick James: Rockpalast Live, que apresenta um concerto de 1982 gravado em Essen, Alemanha.