16 de jul. de 2009
26 de jun. de 2009
R.I.P. Michael Joseph Jackson - (29/08/1958 - 25/06/2009)
19 de jun. de 2009
Protesto !!
Enquanto isso, divirtam-se... Pois o verdadeiro Funk nunca morrerá !!
8 de mai. de 2009
Roy Ayers - Coffy
3 de mai. de 2009
Quincy Jones & Donny Hathaway - Come Back Charlestone Blue
1 de mai. de 2009
J.J. Johnson - Cleopatra Jones
Nos anos dourados dos filmes blaxploitation, que de produções independentes acabaram chegando aos grandes estúdios, Cleopatra Jones (1973, direção de Jack Starrett) foi a resposta da Warner a grandes sucessos como "Shaft", da MGM, "Superfly", "Coffy" e outros. Uma das produções mais sofisticadas do gênero (que teve uma continuação ruim em 1975, "Cleopatra Jones and The Casino of Gold"), neste filme temos a escultural Tamara Dobson no papel título, uma agente que combate a gangue de traficantes de drogas liderada por Mommy (Shelley Winters). Os elementos que fizeram a glória dos filmes blaxploitation, como heróis de cor, vilões brancos, tiroteios, perseguições de carro e, talvez o que mais nos interessa, uma trilha sonora baseada no soul e no jazz, combinando temas vocais e faixas instrumentais, estão presentes.
Apesar de o tema principal (um clássico do gênero) ter sido composto e interpretado por Joe Simon, e de haver faixas creditadas a Carl Brandt, o grande artesão do score foi sem dúvida J.J. Johnson. James Louis "J.J." Johnson, importante trombonista de jazz, compositor e arranjador que faleceu no dia 04 de fevereiro de 2001, aos 77 anos de idade, compôs e arranjou, nos anos 70, várias trilhas para cinema ("Across 110th Street", "Trouble Man") e TV ("Starsky & Hutch", "Shaft - a Série"). Em Cleopatra Jones, para mim o seu melhor trabalho ("Across 110th Street" é muito bom, mas o CD tem pouco a ver com a música que ouvimos no filme), Johnson arranjou e regeu as composições de seus colegas, além de compor faixas excepcionais. Em "Desert Sunrise/Main Title Instrumental", que abre o filme (no CD é a 6ª faixa), o compositor utiliza cordas e metais para criar suspense e introduz um motivo adequadamente oriental, para em seguida incorporar o tema de Joe Simon à sua composição.
"Cleo and Reuben" é o jazzístico e melancólico tema de amor, enquanto que "Go Chase Cleo", faixa em duas partes ouvida em uma cena de perseguição automobilística, é uma das mais vibrantes músicas de ação já compostas no estilo. Para quem aprecia este tipo de música, a partitura de Cleopatra Jones, com seus violinos soul, metais, pianos elétricos e guitarras "wah wah", é uma aquisição obrigatória, tendo permanecido inédita em CD até 2000, quando foi lançada no Japão.
Dica: o tema principal do filme foi sampleada pelo grupo de rap CMW, confira...
30 de abr. de 2009
Marvin Gaye - Trouble Man
Trouble Man é sem dúvida, o álbum de Marvin que ele mais se aproxima do Jazz, denso, e rico em arranjos de cordas e metais, alternando momentos de introspecção e num Blues-Soul contagiante. Embora seja basicamente um disco instrumental, Gaye nos presenteia com belas harmonias vocais (coisa que não é de se assustar, já que ele é o principal revolucionista do Soul, de uma maneira sutil e altamente criativa, tendo influenciado todas as gerações seguintes, vide os artistas Neo-Soul). Sempre amparado pelo sax de Trevor (tenor, alto e barítono), o disco ora soa depressivo e outros momentos épico, Marvin exerce o seu lado musico – toca piano, moog e bateria (com grandes grooves, altamente suingados) – acompanhados de uma apimentada orquestra.
Marvin Gaye criou a trilha sonora de Trouble Man, que foi lançada em 8/12/1972, não poderia ter vindo em melhor hora, sendo mais um clássico intermediando Shaft e Superfly.
Só como curiosidade, temos samples impressionantes neste álbum. E como é de conhecimento de quase todos, o rapper Mano Brown (Racionais MC’s) é fã declarado de Marvin, e daqui foram utilizados trechos nas músicas “Tô Ouvindo Alguém Me Chamar” do álbum “Sobrevivendo No Inferno” e na “Intro” de “Raio-X do Brasil” (dois clássicos do Rap nacional). Ouçam, vale a pena...
28 de abr. de 2009
Willie Hutch - Foxy Brown
27 de abr. de 2009
Willie Hutch - The Mack
Seu primeiro single, "Love Has Put Me Down", foi lançado em 1964 pela Soul City Records. No ano seguinte, Willie começou a compor e produzir para o grupo The Fifth Dimension. Em 1969 Willie assina com a gravadora RCA, pela qual lança seu primeiro álbum solo, "Soul Portrait". Em 1970, o produtor Hal Davis da gravadora Motown liga para Willie pedindo ajuda para finalizar uma canção chamada "I'll Be There". Willie faz a letra da música que foi cantada pelo grupo The Jackson 5 e tornou-se o single mais vendido pela Motown até então.
Em seguida, Willie foi contratado pela Motown e lá trabalhou compondo e produzindo para artistas como Smokey Robinson, Marvin Gaye, Diana Ross, Michael Jackson, Junior Walker, The Four Tops e Aretha Franklin.
Mas seus trabalhos de maior repercussão foram as trilhas sonoras dos filmes The Mack e Foxy Brown. Essas trilhas foram e ainda são muito sampleadas por muitos artistas, como Biggie Smalls, Lil' Kim, Moby, The Chemical Brothers e Chase & Status.
Em 1982, Willie compôs Keep the Fire Burning para Gwen McCrae e voltou a trabalhar para a Motown para mais três produções. Durante os anos 90, Willie trabalhou como produtor para a Motown e em 1994 voltou a morar em Dallas, onde continuava a tocar e se apresentar.
26 de abr. de 2009
Curtis Mayfield - Superfly
24 de abr. de 2009
Blaxploitation
Para se conseguir alguma consistência do cinema negro, não resta dúvida que devemos olhar para a produção de Hollywood, que desde a década de 70 percebeu que o filão era muito bom e importante para se desprezar. Se em The Jazz Singer, de 1927, um ator branco pintou o rosto de negro, na década de 60 Sidney Poitier tornou-se um ícone de respeito, com grandes atuações em filmes como em “Advinhe Quem Vem Para Jantar ?” e “Ao Mestre, Com Carinho”, ambos de 1967, Poitier abriu portas. Com a liberdade civil ganhando cada vez mais força nos EUA, nada mais natural que a década de 70 pudesse ser o cenário ideal para que os negros fizessem uma grande invasão.
Junto com essa conquista nos cinemas, na música, os negros ganhavam cada vez mais espaço com Funkadelic, The Impressions, Sly and Family Stone e até mesmo James Brown, que produziam músicas cheias de mensagens políticas e sociais, junto com todo o ritmo. As paradas de sucesso provavam que havia demanda para “música com mensagem”. Natural que os negros buscassem no cinema uma resposta similar.
Foi o que aconteceu. Ainda que conhecido como movimento “Blaxploitation”, a indústria cinematográfica se deu conta de que poderia faturar bastante fazendo filmes dirigidos à comunidade negra e também para apreciadores de cinema. Surgiu uma estética interessantíssima, que hoje ecoa em trabalhos de diretores como Quentin Tarantino e até mesmo no moderninho David Fincher.
Cores berrantes, perseguições incansáveis, humor ralo e chulo, heróis de caráter duvidoso, violência, violência e mais um pouco de violência era as marcas registradas do Blaxploitation. Com todo este jeitão rebelde e tosco por natureza, o cinema negro norte-americano começava a sair do limbo para ganhar força de movimento cultural. A excelente Pam Grier marcou época com suas personagens-heroínas sexys sempre de batom rosa e calças justíssimas. Basta ver filmes como “The Mack”, “Foxy Brown” ou “Superfly” para render homenagens à Pam. Beyoncé Knowles prestou seu tributo ao atuar como Foxxy Cleopatra em Austin Powers e o homem do membro de ouro. Para quem nunca viu a atuação de Pam Grier na década de 70, a personagem de Beyoncé mostra muito bem como era.
Além de Grier, Ron O'Neil, Richard Pryor, Max Julien, Antonio Fargas e Melvin Van Peebles eram os caras. Apesar de toda a evidente apelação com excesso de violência e sexo, os filmes marcaram um jeito de fazer cinema de baixo orçamento e voltado somente ao entretenimento banal. O durão Richard Roundtree encarnando Shaft faz a prova final do gênero. Mas mais importante do que tudo isso, foi que o Blaxploitation abriu portas para gente como o genial Spike Lee e seus filmes protesto da década de 80. Denzel Washington, Jada Pinkett-Smith, Halle Barry e Mario Van Peebles, todos, sem dúvida alguma, devem agradecer o estilo da década de 70 em suas maneiras de atuar. Também é nítido a influência do Blaxploitation no hip-hop da atualidade. Todos os elementos estão ali, basta ver um clipe de qualquer rapper.
Para conhecer um pouco mais do Blaxploitation, vale a pena dar uma fuçada nas locadoras atrás dos filmes do gênero. Segue ai uma listinha que você pode usar como referência para auxiliar sua busca. Não se preocupe muito com o enredo, basicamente ou são comédias grosseiras ou são policiais violentíssimos. Ou, às vezes, são os dois. Talvez seja um pouco difícil encontrar no Brasil, mas nada que o site da Amazon não resolva.
17 de abr. de 2009
Marvin Gaye - Let's Get It On (Deluxe Edition)
Mais uma obra-prima de Mr. Marvin...
Al Green - Let's Stay Together
16 de abr. de 2009
Curtis Mayfield - There's No Place Like America Today
13 de abr. de 2009
Sly & The Family Stone - There's a Riot Goin' On
O Rock-n-Soul alegre e multirracial do Sly & The Family Stone refletia o otimismo do movimento pelos direitos civis durante os anos 60. Mas, à medida que esse otimismo definhava e ia se transformando num radicalismo amargo, o Stone passava por uma experiência parecida - uma dolorosa viagem espiritual. O pessimismo já não era mais estranho ao fusion-pop criado por Sly: "Hot Fun In The Summertime", por exemplo, falava, de maneira cifrada, dos distúrbios raciais em Watts. Mas a crescente desordem civil e a carnificina no Vietnã, aliados ao seu frágil estado emocional e a doses maciças de drogas, o levaram a fazer este álbum, um impressionante discurso à nação.
O disco foi resultado de sessões e overdubs intermináveis; movido a cocaína, Stone gravava e regravava as fitas. Dizem que Miles Davis participou com seu trompete; a bateria acústica brigava por espaço com primitivas baterias eletrônicas; o baixo se sobrepunha, predatório; e as guitarras wah-wah feriam os ouvidos. O funk-pesado que domina o álbum - nebuloso, assustador e chapado - empresta uma pungência extra às faixas pop meleancólicas do disco, "Runnin' Away" e "(You Caught Me) Smilin'" - momentos de ternura para aliviar o funk furioso. Há referências a hits anteriores de Sly, como em "Time" ("Everyday People' looking forward to a simple beating"), ou a transformação do single "Thank You" no lento estertor da faixa final, rebatizada como "Thank You For Talkin' To Me Africa", a melhor do álbum.
Este diagnóstico doloroso e preciso dos males dos Estados Unidos e da própria desintegração espiritual de Sly afastou muitos fãs e marcou o início da derrocada embalada por drogas do artista. O álbum permanece, porém, brilhante, um grito funky e machucado de uma alma sob extrema tensão.
[Estou ouvindo: Baby Huey & The Baby Sitters - Hard Times]
11 de abr. de 2009
Betty Wright - Live
Gil Scott-Heron & Brian Jackson - Winter In America
Earth, Wind & Fire - That's The Way Of The World
4 de abr. de 2009
Stevie Wonder - Talking Book
3 de abr. de 2009
The Isley Brothers - 3 + 3
1 de abr. de 2009
R.I.P: Marvin Gaye (02/abr/1939 - 01/abr/1984)
Nascido Marvin Pentz Gay, Jr., cantor popular de soul e R&B, arranjador, multiinstrumentista, compositor e produtor. Ganhou fama internacional durante os anos 60 e 70 como um artista da gravadora Motown.
O início da carreira do cantor foi em 1961, na Motown, onde Gaye rapidamente se tornaria o principal cantor da gravadora e emplacaria numerosos sucessos durante os anos sessenta, entre eles "Stubborn Kind of Fellow", "How Sweet It Is (To Be Loved By You)", "I Heard It Through the Grapevine" e vários duetos com Tammi Terrell, incluindo "Ain't No Mountain High Enough" e "You're All I Need to Get By", antes de mudar sua própria forma de se expressar musicalmente. Gaye é importante por sua luta por produzir seus sucessos, mas criativamente restritivo - no processo de gravação da Motown, intérpretes, compositores e produtores eram geralmente mantidos em áreas separadas.
Com seu bem-sucedido álbum "What's Going On", de 1971, e outros lançamentos subseqüentes - includindo "Trouble Man", de 1972, e "Let's Get It On", de 1973, Gaye, que vez ou outra compunha canções para artistas da Motown no início da sua carreira, provou também que poderia tanto escrever quanto produzir seus próprios discos sem ter de confiar no sistema da Motown. Ele é também conhecido por seu ambientalismo, talvez mais evidente na canção "Mercy Mercy Me (The Ecology)".
Durante os anos setenta, Gaye lançaria outros notáveis álbuns, includindo "Let's Get It On" e "I Want You", além de ter emplacado vários sucessos, como "Let's Get It On" e "Got to Give It Up". Já no começo dos anos oitenta, seria a vez do hit "Sexual Healing", que lhe rendeu - antes de sua morte - dois prêmios Grammy. Até o momento de ser assassinado pelo seu pai, em 1984, Gaye tinha se tornado um dos mais influentes artistas da cena soul. Em 1996, Gaye foi homenageado na 38º cerimônia do Grammy Awards.
A carreira de Marvin tem sido descrita como uma das que "abarcam toda a história do R&B, do doo-wop dos anos cinqüenta ao soul contemporâneo dos anos oitenta". "Críticos têm também afirmado que a produção musical de Gaye "significou o desenvolvimento da black music a partir do rhythm'n blues, através de um sofisticado soul de consciência política nos anos setenta e de uma abordagem maior em assuntos de cunho pessoal e sexual."
Herbie Hancock - Headhunters
31 de mar. de 2009
Jimmy "Bo" Horne - Greatest Hits
24 de mar. de 2009
James Brown - Motherlode
20 de mar. de 2009
Brothers On The Slide - The Story Of UK Funk
16 de mar. de 2009
Grover Washington Jr - Mister Magic
15 de mar. de 2009
Freddie Hubbard - Sky Dive
Banda Black Rio - Maria Fumaça
13 de mar. de 2009
Spanky Wilson & The Quantic Soul Orchestra - I'm Thankful
The Brides Of Funkenstein - Funk Or Walk
12 de mar. de 2009
Bohannon - Stop & Go
11 de mar. de 2009
Parliament - The Clones Of Dr. Funkestein
7 de mar. de 2009
Rick James - The Very Best Of (Bustin' Out)
22 de fev. de 2009
Average White Band - Soul Searching
19 de fev. de 2009
Donny Hathaway - Live
18 de fev. de 2009
Zapp - All The Greatest Hits
Tony foi o primeiro a iniciar sua carreira, na obscura gravadora Gram-O-Phon Records com a música "I Love You Truly", em 1976. Desanimado com a repercussão do single, Tony acrescentou seus irmãos (com Roger nos vocais e violão, Lester na bateria, Larry na percussão, e ele próprio contribuindo contrabaixo) dando assim origem ao Human Body, posteriormente batizada Zapp, o grupo rodou todo o Meio Oeste e gradualmente foi acrescentando o apoio de vocalistas (Bobby Glover, Jannetta Boyce), teclado Greg Jackson, Sherman Fleetwood) e uma seção de Horns (Eddie Barber, Jerome Derrickson e Mike Warren).
Em 1980, William “Bootsy” Collins, foi contratado para trabalhar com o grupo, para o lançamento do álbum de estréia. Zapp, chega rapidamente ao Top 20, impulsionados pelo balanção arrasa quarteirão “More Bounce To The Ounce” e pela balada “Be Alright”. Em 81, Roger trabalhou junto com George Clinton e o mesmo Bootsy no álbum The Electric Spanking of War Babies do Funkadelic, e neste mesmo ano, sai o 1° disco solo de Roger, The Many Facets of Roger. Neste temos "I Heard It Through a Grapevine" e “So Ruff, So Tuff” como carros chefe, chegando ao disco de ouro (tal como tinha feito com Zapp).
Zapp II apareceu em 1982 e provou ser tão popular como o primeiro do grupo, incluindo a número 1 nas paradas R & B, o single, "Dance Floor". Em 1983, apesar de ser um grande álbum, Zapp III mal entrou no Top 40. The Saga Continues..., 2° solo de Roger também foi uma decepção em vendas.The New Zapp IV U saíram um pouco melhor no lançamento, no final de 1985 (graças ao single "Computer Love"), e em 1987, Roger lança seu terceiro disco solo, Unlimited!, como destaque maior o hit, "I Wanna Be Your Man , provando um grande mágico sempre tem uma cartada de mestre escondido nas mangas... single este alcançando o 3° lugar nas paradas de R&B. Embora o Zapp ter lançado ainda o disco V, o grupo parou definitivamente quando Roger, em 1991, lançou o LP Bridging the Gap. Roger continuou a produzir e tocar com outros artistas, e foi dar seu toque de mágica no single “California Love” de Dr. Dre & 2Pac, alcançando o Top 10 de 1996. A coletânea Roger & Zapp All The Greatest Hits vendeu bem, ganhando o seu primeiro disco de Platina. A história do Zapp terminou em tragédia em 25 de abril de 1999, quando Roger foi baleado por seu irmão Larry, que depois virou a arma contra si mesmo e atirou.